O objetivo dessa postagem é despertar e a
curiosidade para uma leitura que no mínimo vai trazer novas reflexões sobre a práxis
Os sete saberes indispensáveis
enunciados por Morin, que são : As cegueiras do conhecimento: o erro e a
ilusão; Os princípios do conhecimento pertinente; Ensinar a condição humana; Ensinar
a identidade terrena; Enfrentar as incertezas; Ensinar a compreensão; e A ética
do gênero humano - constituem eixos e, ao mesmo tempo, caminhos que se abrem a
todos os que pensam e fazem educação, e que estão preocupados com o futuro das
crianças e adolescentes.
No final dos anos noventa Morin foi convidado pela UNESCO a sistematizar
um conjunto de reflexões que servissem como ponto de partida para se repensar a
educação do próximo milênio, a elaboração textual em sua primeira versão circulou
pelos quatro cantos do planeta, cabendo a Nelson Vailejo-Gomez integrar
comentários, sugestões e remanejamentos que, posteriormente, retornaram a Morin
para finalização resultando nesse espetacular livro que, afirma que diante dos problemas complexos que
as sociedades contemporâneas hoje enfrentam, apenas estudos de caráter
inter-poli-transdisciplinar poderiam resultar em análises satisfatórias de tais
complexidades. Por isto chega a dizer: “Afinal, de que serviriam todos os
saberes parciais senão para formar uma configuração que responda a nossas
expectativas, nossos desejos, nossas interrogações cognitivas?” Com este
seu livro Os sete saberes necessários à educação do futuro, o qual ele
mesmo chama de inspirações para o educador ou os saberes necessários a uma boa
prática educacional, fica bem claro sua
postura diante do ensino fragmentado e do currículo, defendendo a incorporação dos problemas
cotidianos e a interligação dos saberes. Então é uma visão que se retira do
âmbito estreito da disciplina, compreende o contexto e adquire o poder de
encontrar a conexão com a existência. Sendo necessário romper com a
fragmentação do conhecimento em campos restritos, no interior dos quais se
privilegiam determinados teores, e também eliminar a estrutura hierárquica
vigente entre as disciplinas. Reformar esta tradição requer um esforço
complexo, uma vez que esta mentalidade foi desenvolvida ao longo de inúmeras
décadas, sendo Sine qua non uma reforma
do pensamento,pois somente assim é possível aplicar suas idéias. O ser humano é
reducionista por natureza e, por isso, é preciso esforçar-se para compreender a
complexidade e combater a simplificação. Assumir que a educação do futuro deve
ter como prioridade ensinar a "ética da compreensão planetária", como
reitera o quarto saber, implica entender a ética não como um conjunto de
proposições abstratos, mas como atitude deliberada de todos os que acreditam,
como Morin, que vislumbra possibilidades para que sociedades democráticos
abertas se solidarizem, mesmo que o caminho seja árduo e, por vezes,
desanimador, sendo então forçoso reconhecer que novas formas de solidariedade e
responsabilidade se manifestam, estimulando a unidade da diversidade.
Abaixo está uma entrevista de Morin, ela nos
revela a simplicidade e genialidade desse grande filosofo, vamos analisar suas
entrelinhas?!?!
Na própria WEB é muito
fácil encontrar sua biografia em diversos sites , nasceu em 1921, em Paris, onde atualmente vive. Obrigado a
refugiar-se em Nanterre durante a ocupação da França pela Alemanha na Segunda
Guerra Mundial, aderiu à resistência e adotou o apelido Morin. Simpatizante
comunista, foi afastado de todas as atividade ligadas ao partido pela sua
oposição ao estalinismo. Nunca deixou, como independente, de pensar e agir
cívica e politicamente ao longo da sua vida.
Formado
em sociologia cedo compreendeu a necessidade da integração das diversas áreas
de saber. Os seus estudos inter e transdisciplinares foram inicialmente olhados
com desconfiança por grande parte da comunidade científica, tendo chegado a
receber, em 1965, uma “repreensão científica” da Direção Geral de Pesquisa
Científica e Técnica, onde desenvolvia trabalho de investigação.
O sucesso do seu livro de Le Paradigme Perdu. La nature Humaine (1973) e profundidade de La Méthode –
obra em que trabalhou desde meados da década de 1970 e da qual publicou seis
volumes entre 1978 e 2004 – levaram a que a sua crítica do paradigma científico
da modernidade fosse levada cada vez mais a sério e que viesse a ser
progressivamente reconhecido como o pioneiro e o principal teórico do paradigma
emergente da ciência na viragem do século XX para o XXI: o pensamento complexo.
Após
décadas de trabalho desalinhado e, muitas vezes, solitário, Morin é hoje
considerado um dos mais importantes pensadores vivos. É diretor emérito do
Centre Nationale de Recherche Scientifique, Presidente da Associação para o
Pensamento Complexo, Presidente da Agência Européia para a Cultura, membro
fundador da Academia da Latinidade, co-director do Centro de Estudos
Transdisciplinares da École des Hautes Etudes en Sciences Sociales.
É também investigador e membro honorário do Instituto
Piaget, que dele publicou Introdução ao Pensamento Complexo, Vidal e os Seus, Terra-Pátria (com
Anne Brigitte Kern), Amor Poesia e Sabedoria, Para uma Política da Civilização (com Sami Nair), A Sociedade em Busca de Valores (com Ilya Prigogine et al), Os Desafios do Século XXI, Os Sete Saberes para a Educação do Futuro, Educar para a Era Planetária (com Raul Motta), Repensar a Reforma, Reformar o Pensamento, A Cabeça Bem Feita, Diálogo sobre a Natureza Humana (com Boris Cylrunik), Filhos do Céu (com
Michel Cassé) e A Violência do Mundo (com
Jean Braudillard).
A
leitura de seus livros é de uma fácil compreensão e de muitas elaborações
surpreendentes,Os sete saberes para educação do futuro,
deixo
em link . Boa leitura!
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