VOZES FEMININAS

domingo, 5 de março de 2017

MORIN INSPIRANDO MINHA PRÁXIS EM 2017!



O objetivo dessa postagem é despertar e a curiosidade para uma leitura que no mínimo vai trazer novas reflexões sobre a práxis  Os sete saberes indispensáveis enunciados por Morin, que são : As cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão; Os princípios do conhecimento pertinente; Ensinar a condição humana; Ensinar a identidade terrena; Enfrentar as incertezas; Ensinar a compreensão; e A ética do gênero humano - constituem eixos e, ao mesmo tempo, caminhos que se abrem a todos os que pensam e fazem educação, e que estão preocupados com o futuro das crianças e adolescentes.
No final dos anos noventa  Morin foi convidado pela UNESCO a sistematizar um conjunto de reflexões que servissem como ponto de partida para se repensar a educação do próximo milênio, a elaboração textual em sua primeira versão circulou pelos quatro cantos do planeta, cabendo a Nelson Vailejo-Gomez integrar comentários, sugestões e remanejamentos que, posteriormente, retornaram a Morin para finalização resultando nesse espetacular livro que,  afirma que diante dos problemas complexos que as sociedades contemporâneas hoje enfrentam, apenas estudos de caráter inter-poli-transdisciplinar poderiam resultar em análises satisfatórias de tais complexidades. Por isto chega a dizer: “Afinal, de que serviriam todos os saberes parciais senão para formar uma configuração que responda a nossas expectativas, nossos desejos, nossas interrogações cognitivas?” Com este seu livro Os sete saberes necessários à educação do futuro, o qual ele mesmo chama de inspirações para o educador ou os saberes necessários a uma boa prática educacional, fica bem claro  sua postura diante do ensino fragmentado e do currículo,  defendendo a incorporação dos problemas cotidianos e a interligação dos saberes. Então é uma visão que se retira do âmbito estreito da disciplina, compreende o contexto e adquire o poder de encontrar a conexão com a existência. Sendo necessário romper com a fragmentação do conhecimento em campos restritos, no interior dos quais se privilegiam determinados teores, e também eliminar a estrutura hierárquica vigente entre as disciplinas. Reformar esta tradição requer um esforço complexo, uma vez que esta mentalidade foi desenvolvida ao longo de inúmeras décadas, sendo Sine qua non  uma reforma do pensamento,pois somente assim é possível aplicar suas idéias. O ser humano é reducionista por natureza e, por isso, é preciso esforçar-se para compreender a complexidade e combater a simplificação. Assumir que a educação do futuro deve ter como prioridade ensinar a "ética da compreensão planetária", como reitera o quarto saber, implica entender a ética não como um conjunto de proposições abstratos, mas como atitude deliberada de todos os que acreditam, como Morin, que vislumbra possibilidades para que sociedades democráticos abertas se solidarizem, mesmo que o caminho seja árduo e, por vezes, desanimador, sendo então forçoso reconhecer que novas formas de solidariedade e responsabilidade se manifestam, estimulando a unidade da diversidade.
Abaixo está uma entrevista de Morin, ela nos revela a simplicidade e genialidade desse grande filosofo, vamos analisar suas entrelinhas?!?!

 Na própria WEB é muito fácil encontrar sua biografia em diversos sites , nasceu em 1921, em Paris, onde atualmente vive. Obrigado a refugiar-se em Nanterre durante a ocupação da França pela Alemanha na Segunda Guerra Mundial, aderiu à resistência e adotou o apelido Morin. Simpatizante comunista, foi afastado de todas as atividade ligadas ao partido pela sua oposição ao estalinismo. Nunca deixou, como independente, de pensar e agir cívica e politicamente ao longo da sua vida.
Formado em sociologia cedo compreendeu a necessidade da integração das diversas áreas de saber. Os seus estudos inter e transdisciplinares foram inicialmente olhados com desconfiança por grande parte da comunidade científica, tendo chegado a receber, em 1965, uma “repreensão científica” da Direção Geral de Pesquisa Científica e Técnica, onde desenvolvia trabalho de investigação.
O sucesso do seu livro de Le Paradigme Perdu. La nature Humaine (1973) e profundidade de La Méthode – obra em que trabalhou desde meados da década de 1970 e da qual publicou seis volumes entre 1978 e 2004 – levaram a que a sua crítica do paradigma científico da modernidade fosse levada cada vez mais a sério e que viesse a ser progressivamente reconhecido como o pioneiro e o principal teórico do paradigma emergente da ciência na viragem do século XX para o XXI: o pensamento complexo.
Após décadas de trabalho desalinhado e, muitas vezes, solitário, Morin é hoje considerado um dos mais importantes pensadores vivos. É diretor emérito do Centre Nationale de Recherche Scientifique, Presidente da Associação para o Pensamento Complexo, Presidente da Agência Européia para a Cultura, membro fundador da Academia da Latinidade, co-director do Centro de Estudos Transdisciplinares da École des Hautes Etudes en Sciences Sociales.
É também investigador e membro honorário do Instituto Piaget, que dele publicou Introdução ao Pensamento Complexo, Vidal e os Seus, Terra-Pátria (com Anne Brigitte Kern), Amor Poesia e Sabedoria, Para uma Política da Civilização (com Sami Nair), A Sociedade em Busca de Valores (com Ilya Prigogine et al), Os Desafios do Século XXI, Os Sete Saberes para a Educação do Futuro, Educar para a Era Planetária (com Raul Motta), Repensar a Reforma, Reformar o Pensamento, A Cabeça Bem Feita, Diálogo sobre a Natureza Humana (com Boris Cylrunik), Filhos do Céu (com Michel Cassé) e A Violência do Mundo (com Jean Braudillard).
 A leitura de seus livros é de uma fácil compreensão e de muitas elaborações surpreendentes,Os sete saberes para educação do futuro,
deixo em link . Boa leitura! 

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