PENSAR UM ATO DE EVOLUÇÃO
Este é o segundo estudo ele parte da filosofia,
indagando os principais questionamentos que contribuem com a educação trazendo
conceitos que facilitam novas elaborações.
Primeiramente vamos conceituar a Filosofia que,
é uma palavra grega que
significa "amor à sabedoria" e consiste
no estudo de problemas fundamentais relacionados à existência,
ao conhecimento, à verdade, aos valores morais e
estéticos, à mente e à linguagem. Então podemos dizer que
ela pode ser definida como a análise racional do significado da existência
humana, individual e coletivamente, com base na compreensão do ser. Vamos ver o
que nos diz Cunha: “A filosofia trata da realidade não a partir de recortes,
mas do ponto de vista da totalidade”.
A visão da filosofia é de conjunto, de entendimento
do problema, não de modo parcial, mas relacionando cada aspecto observado outros
do contexto em que está inserido.”(CUNHA, 1992)”.
A Filosofia não faz juízos de realidade, como a
ciência, mas juízos de valor. Isto significa que filosofar é ir além do que é,
é buscar entender como deveria ser, julgar o valor da ação, ir em busca do
significado Filosofia propriamente surge quando um pensar torna-se objeto de
uma reflexão (CUNHA,1992).
Fazendo uma viagem em suas origens históricas, a
filosofia surgiu na antiguidade clássico, quando alguns pensadores gregos
demonstraram por meio do raciocínio lógico e sistematicamente organizado o
quanto era relevante investigar e compreender criticamente a realidade. Tales
de Mileto é considerado o primeiro filósofo da história, contudo, Sócrates é
quem recebe o título de patrono da filosofia. Esses e outros pensadores gregos
instituíram novas formas de contemplar e pensar o mundo. Sua trajetória
histórica procura resposta às questões percebidas e a cada época são
respondidas a partir de diferentes reflexões que constituem correntes ou
escolas de pensamentos, portanto a idéia da filosofia é pensar, argumentar e
questionar na direção que busca respostas, esta associada tanto ao saber
teórico quanto à sabedoria prática,
manifestando-se
como uma forma de entendimento que, tanto propicia a compreensão de sua
existência, em termos de significado, como oferece um direcionamento para sua
ação. É um campo de entendimento que, quando nos apropriamos dele, nos
percebemos refletindo sobre a cotidianidade dos seres humanos. Podemos perceber
então que: o ato de filosofar não é unicamente um processo individual, mas
também um processo que possui uma contrapartida social; a filosofia é o meio
pelo qual o homem se torna crítico, pois, é a partir do momento em que passa a
pensar, refletir, analisar os conceitos da sociedade, que se vê como um membro
com possibilidade de viver e de alterar o funcionamento desta.
Podemos agora retomar nosso questionamento sobre as
contribuições da filosofia para educação, tendo como ponto de vista que o ato de ensinar exige que o educador
acredite na mudança, devendo escolher metodologias que proporcionem ao educando
o interesse e a curiosidade pelo conhecimento, formando os educandos para atuar
e intervir ativamente na realidade. O ponto de partida para refletir sobre o
processo de ensino-aprendizagem no contexto educacional inclui a ideia de
inacabamento do ser que toma consciência dos seus atos e assimila a capacidade
de aprender, não apenas para se adaptar á realidade, mas com o anseio de
reconstruí-la. Ao pensar filosoficamente, o educador foge da simplicidade, da
ingenuidade e das explicações mágicas ao interpretar os problemas do cotidiano,
buscando aprofundar sua análise, não se satisfazendo com as aparências,
buscando a causalidade dos fatos de forma inquieta e intensa.
Devemos perceber que, a relação da filosofia com a
educação existe desde o mundo grego. Os filósofos gregos, em busca da virtude
humana, foram os que deram início às discussões sobre a filosofia da educação e
seu sentido no mundo. Pode-se dizer que essa parceria surgiu do forte vínculo
entre a filosofia e a pedagogia firmado no decorrer dos anos, pois a filosofia,
preocupada com as formas do conhecimento, orientou o homem segundo a razão,
inferindo um pensamento pedagógico que busca níveis de excelência. Esses pensamentos
pedagógicos ao longo da historia nos trouxeram diversas correntes filosóficas,
as quais determinam propostas
educacionais que ao longo do percurso vem se
transformando pois, o determinismo metodológico/ ideológico está condicionado ao espaço temporal, isto é,
a um momento da história do ser humano e sua concepção de mundo dentro desse
espaço.
O diagrama
histórico de ensinamentos filosóficos
começando pelo sofismo, e andando nesse diagrama histórico de muita sabedoria
passamos por Platão, Sócrates,
Aristóteles; uma parada na contribuição de Kant
que indaga:
» O que posso saber? (teoria do conhecimento ou
epistemologia)
» O que devo fazer? (teoria do agir ético )
» O que me é permitido esperar? (filosofia da
religião)
» O que é o homem? (antropologia filosófica)
Percebamos
então que os questionamentos acima são valiosíssimas contribuições que permitem
a educação sempre avaliar e reavaliar, pensar e repensar, suas bases
filosóficas rumo a uma práxis de excelência.
Referência
Bibliográfica
CUNHA,
J. Auri. Filosofia; iniciação à investigação filosófica. São Paulo: Atual,
1992.
HEIN,
Ana Catarina Angeloni (org.) História e Educação: diálogo político, econômico,
social, cultural e epistemológico. Pearson Education do Brasil,,2014.
SÁNCHEZ
VÁZQUEZ. A. Filosofia da práxis. Rio de Janeiro. Paz e Terra, 1968.
SAVIANI.
Dermeval Educação: do senso comum à consciência filosófica. São Paulo, Autores
Associados/Corlez, 1980.
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