VOZES FEMININAS

terça-feira, 21 de março de 2017

A ATUAL CONTRIBUIÇÃO DA PSICOLOGIA NA EDUCAÇÃO

UMA BOA PARCERIA



Na era contemporânea a contribuição científica da psicologia  é de fundamental importância no ambiente escolar, pois, se o papel do professor é ensinar e o do aluno é aprender, a psicologia da aprendizagem tenta contribuir como uma ponte, para que este processo, que nós chamamos de ato pedagógico, tenha êxito. Podemos notar então que a psicologia contribui para otimização das relações entre professores, alunos e demais elementos que interagem na educação, na medida em que propicia uma visão mais abrangente dos processos de aprendizagem que se passam no contexto educacional. Assim, partindo-se da psicologia, surgem novos caminhos para a compreensão dos fatos do cotidiano educacional, possibilitando uma reflexão conjunta e, consequentemente, o levantamento de hipóteses e estratégias que venham a sanar as dificuldades emergentes.
Atualmente, a Psicologia da Educação é considerada um ramo tanto da Psicologia como da Educação e caracteriza-se como uma área de investigação dos problemas e fenômenos educacionais, a partir de um entendimento psicológico (MIALARET, 1999). O objetivo da Psicologia da Educação é o estudo dos aspectos das várias situações da educação, sob o ponto de vista psicológico e também das relações existentes entre as situações educacionais e os vários motivos que as determinam. Seu domínio é composto pela análise psicológica de todos os aspectos da realidade educativa e não somente a aplicação da psicologia à educação.
 Essa ciência necessita dentro da área educacional desenvolver  seu trabalho em conjunto com os educadores de forma a tornar o processo de aprendizagem mais efetivo e significativo para o educando, principalmente no que diz respeito à motivação e às dificuldades de aprendizagem. Focam a sua ação não apenas nas necessidades da criança na escola como, também, noutras áreas onde as experiências escolares têm impacto.
Segundo Meira, Antunes et al (2003), quando se unem profissionais de campos específicos do saber, o diálogo não se estabelece com a mesma facilidade. Quando se trata de defender seus campos de atuação, a relação entre esses se torna tensa. A integração torna-se possível quando ambos contatam que estão enfrentando o mesmo problema e passam a identificar as contribuições de cada um e de seus saberes na busca de soluções para os desafios. O que une de fato os vários profissionais é a responsabilidade social pela formação de uma sociedade melhor. Em psicologia escolar, se caminhando para a construção de um novo papel, mais coeso, mais flexível, com visão mais ampla e aprofundada sobre a educação, por meio de uma prática integrada, interdisciplinar, interativa e coletiva. Meira, Antunes, et al. (2003, p.116), afirmam que: O pedagogo já há tempo assumiu o papel de formador, cabe ao psicólogo consolidar a incorporação desse elemento a sua identidade profissional. A integração de ambos, no trabalho coletivo, é propicia para essa transformação. O ato de aprender e ensinar são marcados por desejos dos sujeitos nele envolvido, pelas teorias e práticas educativas referentes a esse ato, e é nas relações desses sujeitos com seus desejos e nas suas inter-relações, dadas a partir de um contexto social, em que ambos, psicólogos e pedagogos, podem debruçar-se como educadores.
Mediante as elaborações lançadas acima podemos observar que a aliança entre Educação e Psicologia é incontestável e bastante antiga, não tendo sido preciso esperar o momento recente da constituição da Psicologia como ciência independente da grande mãe, a Filosofia, para buscar respostas sobre como se aprende, quem é o sujeito da aprendizagem, como se deve ensinar, levando em conta as características psicológicas dos alunos, se é ou não válido aplicar punições e prêmios, qual é a importância da informação no desenvolvimento humano, em que consiste o ato de comunicação, o que interessa e dá prazer ao aluno quanto ao aprendizado escolar.
Essa ciência  estuda o complexo processo pelo qual as formas de pensar e os conhecimentos existentes numa sociedade são absorvidos pelo Ser Humano, desde a mais tenra idade. Para se entender esse processo é necessário reconhecer a natureza social da aprendizagem. Ela nos fornece  uma série de estratégias, instrumentos e recursos para que o professor possa manejar o seu ato pedagógico, fazendo a figura de mediador. Mediar é intermediar entre o conhecimento, sistematizado, organizado, patrimônio da humanidade, e o ser que está diante do professor, que é o aluno.
Percebamos então que a psicologia educacional em sua trajetória concentra seus estudos e esforços cada vez mais  em uma concepção que seja centralizada nas relações sociais que ocorrem dentro e no entorno da escola, seguindo rumo ao delineamento de investigações e práticas que visam não só ao entendimento da complexidade do fenômeno educacional, mas também à superação de problemas. Tudo e todos devem ser investigados,  contexto e as relações escola-família, coordenação-professores, alunos-professores, professores-professores, alunos-alunos, pais-alunos, pais-professores etc, objetivando uma analise o mais fiel possível da realidade para que de fato se atinja a superação de problemas latentes que venha atrapalhando e interferindo no percurso da aprendizagem.


Referência Bibliográfica

HEIN, Ana Catarina Angeloni (org.) História e Educação: diálogo político, econômico, social, cultural e epistemológico. Pearson Education do Brasil,,2014.

MEIRA, Marisa Eugênio Melillo; Antunes, Mitsuko Aparecida Makino (orgs.). São Paulo: Casa do Psicólogo, 2 ed., 2003.

MIALARET, Gaston. Psicologia da Educação. Coleção: Epigênese, Desenvolvimento e Psicologia. Ed. Instituto Piaget. Lisboa, 1999.








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