UMA VIAGEM
ATRAVÉS DA ARTE DE SER HUMANO!
A condição humana deveria ser o objeto essencial de
todo o ensino. Conhecer o humano é, antes de mais nada, situá-lo no universo, e
não separá-lo dele. Todo conhecimento deve contextualizar seu objeto, para ser
pertinente. “Quem somos?” é inseparável de “Onde estamos”, “De onde viemos” e,
“Para onde vamos?” (MORIN, cap..III)
JUSTIFICATIVA
Sabemos que as questões que envolvem a
evolução telúrica despertam muito
interesse e curiosidade em todas as fases da vida, fascínio e velocidade?
Sabemos que a evolução ocorre em uma
escala de tempo infinitamente maior do que o tempo de existência de qualquer
espécie de ser vivo, seja ele um inseto que dure algumas semanas, uma árvore
que tenha 400 anos ou seres humanos que tem, quase sempre, menos de um século
de vida. E é quase com a mesma rapidez que, a curiosidade das crianças é
demonstrada nos diversos momentos vividos no ambiente escolar.
Durante uma conversa pedagógica dos
professores da turma do 2º ano A, notou-se essa curiosidade e fascínio sobre os
assuntos propostos em aula. A arte rupestre, a evolução da espécie humana e as
potencialidades físicas foram assuntos que evocaram e aguçaram o poder
investigativo da turma.
Para corroborar com essa curiosidade
investigativa a proposta é que, a
ciência Humana dialogue com as ciências da natureza e suas tecnologias para que
juntas forneçam mecanismos de percepção, visualização, criatividade e
elaboração para sanar muitas perguntas e indagações pertinentes à idade,
objetivando que descubram suas verdades
com autonomia o que nos parece muito
nato, pois sabemos que o conhecimento do meio é basilar para a sobrevivência.
O objetivo da educação, portanto, não consistirá na
transmissão de verdades, informações, demonstrações, modelos etc., e sim em que
o aluno aprenda, por si próprio, a conquistar essas verdades, mesmo que tenha
de realizar todos os tateios pressupostos por qualquer atividade real.
Autonomia intelectual será assegurada pelo desenvolvimento da personalidade e
pela aquisição de instrumental lógico-racional. A educação deverá visar que
cada aluno chegue a essa autonomia (MIZUKAMI, 1986, p.71).
Para ilustrar um pouco mais as
indagações humanas acerca da evolução recorremos ao antropólogo americano Loren
Eiseley que, era também poeta, e escreveu um ensaio chamado “Por que estamos
aqui”, onde ele descrevia a angustia do ser humano para descobrir a sua origem.
Em um diálogo com a ciência, este ser humano indagador ouviu:
“... Você é uma criança trocada. Está ligado, por uma
cadeia genética, a todos os vertebrados. A questão é que você carrega no corpo
e no cérebro as feridas ainda doloridas da evolução. Suas mãos são nadadeiras
reformadas, seus pulmões vem de uma criatura que arfava num pântano, seu fêmur
foi aprumado à força. Seu pé é uma pata trepadora remodelada. Você é uma boneca
de trapo recosturada com a pele de animais extintos. Muito tempo atrás, 2
milhões de anos talvez, você era menor, seu cérebro não era tão grande. Não
temos certeza de que era capaz de falar. Setenta milhões antes disso, era uma
criatura trepadora ainda menor, conhecida como tupaídeo. Tinha o tamanho de um
rato. Comia insetos. Agora voa até a Lua.”(Eiseley)
Objetivo
Geral:
ü
Criar vivências que possibilitem aos alunos compreensão de questões
objetivas e subjetivas que envolvem o percurso da evolução humana.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
ü
Compreender que o conhecimento científico é uma
atividade humana em permanente construção;
ü
Reconhecer semelhanças e diferenças nos modos
que diferentes grupos sociais se apropriam da natureza e a transformam;
ü
Problematizar a historicidade de algumas
práticas culturais, familiares e escolares no presente e no passado;
ü
A infância hoje e ontem (brinquedos e brincadeiras,
práticas escolares), utilizando as cantigas e brincadeiras de roda para
desenvolver a oralidade, expressão corporal, orientação espacial e motricidade;
ü
Propiciar momentos para o desenvolvimento do
pensamento artístico e da percepção estética através das diversas linguagens da
arte como um meio de comunicação, de transformação social (ontem e hoje), de
integração ao grupo, de conhecimento próprio
e de acesso à cultura.
Publico alvo
Duração do projeto
Profissionais envolvidos
- Professora regente de sala;
- Professora de arte;
- Professora de Educação física.
Disciplinas:
•
ARTE
•
CIÊNCIAS;
•
EDUCAÇÃO FÍSCIA;
•
GEOGRAFIA;
•
HISTÓRIA.
Conteúdos:.
- Arte: Arte
rupestre: vestimenta, instrumentos, ferramentas, alimentação, costumes,
desenhos e moradia;
- Ciências: A
natureza e suas transformações; Os seres vivos e seus ambientes; Fases da
vida e as diferentes características do corpo humano.
- Educação
física: Um livro chamado brinquedo; Na ciranda, na roda, no palco da dança
folclórica; Desafiando os limites corporais.
- Geografia:
As transformações nas moradias e nas paisagens; Meios e sistemas de
transporte.
- História:
Memória e infância; Transformações; Nossas heranças indígenas e Africanas;
Meios de comunicação.
Metodologia:
Utilização de diferentes gêneros
textuais que abordem o conteúdo (narrativo, relato, expositivo e
argumentativo).
•
Produção de textos coletivos;
•
Confecção de esculturas de argila;
•
Exercícios de percepção corporal
Recursos didáticos:
•
Recursos midiáticos (máquina fotográfica,
filmadora, celular, microfone, caixa amplificadora, data show, rádio, TV,
DVD dentre outros).
•
Filmes, livros de literatura, jornais, vídeos.
Produto final:
• Construção coletiva de um túnel físico que
abrigue as elaborações construídas pela turma, transformando-se em ação viva
através da expressão corporal, plástica e teatral.
•
CD com as
etapas do processo e a elaboração artística.
Avaliação
Será realizado em toda etapa de
seu desenvolvimento através da observação e registros dos professores,
permitindo assim planejar e replanejar as demais etapas, a fim de documentar os
progressos de desenvolvimento das crianças, suas habilidades e competências
adquiridas durante o projeto.
Considerações finais
Uma viagem pelo túnel do tempo, o qual só é possível pelo
incrível poder que o Homem tem de perpetuar seus registros históricos sacramentando
que, a cada problema colocado pela natureza, o Homem respondeu com a sua
inteligência, sensibilidade, talento e espírito criador, encontrando soluções
que lhe asseguram hipóteses de sobrevivência física e cultural, sejam quais
forem às modificações. A contemporaneidade nos trouxe uma evolução mais
cultural que física, o que é uma vantagem que assegura um progresso veloz em nossa linha evolutiva.
Anexo
Material de apoio em uso
Referências Bibliográficas
BONILLA, Maria Helena Silveira.
Escola aprendente: para além da sociedade da informação. Rio de Janeiro:
Quartet, 2005.
KENSKI, Vani Moreira. Educação e
tecnologias: O novo ritmo da informação – Campinas. SP: Papirus, 2007.
MIZUKAMI, M.G.N. Ensino: as
abordagens do processo. São Paulo: EPU, 1986.
Vídeos
Morin, Edgar, 1921- Os sete
saberes necessários à educação do futuro / Edgar Morin ; tradução de Catarina
Eleonora F. da Silva e Jeanne Sawaya ; revisão técnica de Edgard de Assis
Carvalho. – 2. ed. – São Paulo : Cortez ; Brasília, DF : UNESCO, 2000.
Disponível em pdf.
ANEXOS
Vídeos
- Era
uma vez o Homem – diversos episódios
- A
origem dos jogos e brincadeiras
- Rupi
o menino das cavernas
Livros
REVISTAS