A NOSSA PRÁTICA NA MANDALA DO IMPONDERÁVEL

Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que

você não conhece como eu mergulhei.

Não se preocupe em entender, viver

ultrapassa qualquer entendimento...

Clarice Lispector

COMO ADMINISTRAR  O IMPONDERÁVEL?!?!

Para iniciar essa elaboração vamos começar recorrendo ao dicionário: Elemento indefinível, que não é possível prever, mas que influi em determinado assunto ou matéria, podendo mesmo alterar uma circunstância, não tem preço apreciável.

Abaixo está o vídeo do professor Luis Carlos de Menezes, do Instituto de Física, USP, enviado para o youtube em 28.08.10. Seu convite nos propõe a pensar nas novas relações sociais que o tempo histórico nos exige. No vídeo ele mistura assuntos como cosmos, tempo, educação, tecnologia e exclusão social para discorrer sobre o momento singular da atualidade. Para ele "devemos reconhecer o imponderável, gerar o novo, tendo a dúvida como direito, essa é a condição de liberdade". Essa palestra pode nos ajudar a fazer diversas elaborações em nossa prática pedagógica.

Comecei a refletir sobre o imponderável na minha vida profissional e pessoal. São muitas questões, e muitas delas ainda não estão fechadas totalmente, mas, com relação às diversas situações que enfrentamos na escola me vi em uma mandala de acontecimentos que levam o professor a se angustiar com o imponderável, pois, em nossa louca rotina por muitas vezes nos deparamos com situações fora e dentro do contexto pedagógico que não podemos dar conta, mas mesmo assim tentamos solucionar, resultado, carregamos sentimentos não muito agradáveis como: angustia, impotência, frustração, entre tantos outros. 

Não se trata de ficar alheio às demandas, ser conformista ou ser uma pessoa morna, mas, digerir melhor as coisas que chegam até nós. Para de fato tomar decisões possíveis sem perder o foco, visando as melhores ações dentro de nossa rotina para desempenhar nosso papel buscando as melhores soluções. 

Como diz a música: “... Tudo é uma questão de manter a espinha ereta e o coração tranquilo...”

SONHOS POSSÍVEIS

SOFTWARE LIVRE POR QUE NÃO?

Para iniciar vamos conceituar um pouco o terno. Software  é conjunto de componentes lógicos de um computador ou sistema de processamento de dados; programa, rotina ou conjunto de instruções que controlam o funcionamento de um computador; suporte lógico. Eles são divididos em dois grupos, o proprietário que é  privativo ou não livre é um software para computadores que é licenciado com direitos exclusivos para o produtor. Conforme o local de comercialização do software este pode ser abrangido por patentes, direitos de autor assim como limitações para a sua exportação e uso em países terceiros. Agora o livre os usuários são livres para executar, copiar, distribuir, estudar, mudar e melhorar o software. O Linux é um sistema operacional livre, na verdade, o Linux é parte de um todo, mais precisamente, é um kernel de código-fonte aberto, que foi, e é desenvolvido ao longo do tempo graças à colaboração voluntária de desenvolvedores de várias partes do mundo.   É  totalmente gratuito claro que existem distribuições em que você pode pagar para ter suporte, programas mais elaborados, entre outras coisas. Mas você não é obrigado a isso e o melhor, também não paga sem ter conhecimento, paga se quiser. Além disso, você pode escolher a distribuição que mais se adéqua às suas necessidades e baixá-la gratuitamente da Internet.

Pensando nessas questões e no atual momento econômico, precisamos urgentemente deixar pré-conceitos estabelecidos e procurar soluções e facilidades para equipar o mundo da educação com tecnologias que: estimulem o aprendizado dessa geração chamada de Y e propicie ao professor ferramentas tecnológicas acessíveis objetivando equiparar, a realidade acadêmica com a realidade virtualíssima que existe fora dos muros da escola.

O virtual tem que ocupar de fato seu espaço dentro das estratégias pedagógicas de cada dia, tornando as aulas mais atraentes e estimulantes. Este é um sonho possível sim! Pois já que somos formadores de opinião, devemos usar as nossas estratégias persuasivas e mostrar as vantagens de uma tecnológica sem grandes custos.

Podemos começar com conversas  pequenas, em nossa escola com os pares, coordenação pedagógica, Direção e comunidade; fortalecendo assim uma identidade tecnológica para depois levar ideias e soluções para instâncias maiores.

Não esqueci da crise econômica não!!! Por que não podemos fazer campanhas para que as empresas, entidades e pessoas físicas se sensibilizem com os nossos escassos recursos tecnológicos e, doem  computadores para suprir nossa demanda, pois, temos software livre para ser explorado e, bem utilizado nas aulas de cada dia!

Isso é uma questão de cultura, pois, é corriqueiro,  empresas e pessoas em geral que fazem doações para escola, mas essas doações estão concentradas em materiais pedagógicos já muito conhecidos por todos. Temos que colocar para a sociedade que, tecnologia é um poderoso material pedagógico sim!

Precisamos sedimentar estratégias pedagógicas tecnológicas em nosso planejamento semanal de forma natural e urgente. Claro que há muitos profissionais que já fizeram essa incorporação no planejamento, mas, precisamos de muito mais para colocar a escola em patamares modernos e vanguardistas em consonância com os demais seguimentos sociais.   

PROJETO BEM ME QUER SUA ESSÊNCIA E DESENVOLVIMENTO!

A ESSÊNCIA REVELA AS MAIS LINDAS AÇÕES!

Todas as etapas do projeto foram pensadas, sentidas e criadas de acordo com os princípios da ONU. Seus artigos foram trabalhados com ações que possibilitavam que cada um e todos pudessem se colocar no lugar do outro!

Antes de iniciar a primeira etapa do projeto que, visava recriar o outro dentro de ti; iniciou-se uma série de ações pedagógicas para que a turma se permitisse perceber: sentindo, agindo, questionando e se emocionando com as coisas do universo humano, pois, se há muita contradição nesse universo na, compreensão de um adulto, imaginem na condição de pré-adolescente?

Nessa fase da vida existe uma ciranda de valores se formando, consolidando e questionando, levando o pré-adolescente a uma louca gangorra de emoções que, necessita de uma grande escuta, dialogo e orientações para que,  ele tenha tranquilidade para fazer juízos de valores que o conduzam para um caminho de elaborações conscientes e  críticas em sua trajetória de vida!

Nossa!!! Como foi difícil saber de tudo isso e, elaborar um planejamento que respeitasse essa imensa gama de valores e universos particulares. Essa foi a tarefa mais delicada de todo o projeto, lidar com o sentimento humano requer, um cuidado supremo para, não desencadear sentimentos ou traumas dos quais o pobre e simples mortal professor não poderá dar conta.

Puxa!!! Foi desafiante, mas, aparentemente não violei o universo particular de ninguém.

O feedback foi bom, pudemos entrar no projeto com muita tranquilidade e mensuramos bons resultados nas avaliações de cada etapa.

Ah! Sem contar que todos os conteúdos propostos para o ano do ciclo foram contemplados dentro e no andamento do projeto, dando um contorno real e atual para conteúdos propostos.  

AVALIANDO E SE PERCEBENDO EM MAIS UM ENCERRAMENTO DE CURSO!

O curso de Abordagens curriculares na educação infantil propiciou algumas elaborações, diversos questionamentos e um aprendizado significativo com o relato de experiências dos profissionais que atuam no seguimento. 

Nas elaborações, me detive em:  Observar e analisar com mais cuidado diversas questões legais que, me fizeram pensar o quão não temos espaço em nossa rotina para estudar e discutir questões tão importantes e úteis asseguradas por lei. Creio que devemos pontuar em nossos horários de trabalho coletivo essa necessidade, pois, elas podem nortear os trabalhos que pretendemos realizar e, até ser nossa aliada para emplacar um projeto.

Os questionamentos foram reveladores já que faço parte de outro segmento. Mudei minha percepção e a elaboração se tornou obvia, precisamos urgentemente pensar em ações conjuntas que liguem de fato a transição dos alunos da educação infantil para o fundamental para que, o trabalho efetivo desses segmentos tenha sinergia. 

A melhor parte foi o aprendizado, pois, o grupo era seleto e muito heterogêneo, experiências inovadoras com as novatas, metodologia criativa de profissionais experientes, e a sensatez das brilhantes veteranas!

  

O DESENHO ANIMADO GERANDO FACILIDADES

Sempre fui apaixonada por Edgar Allan Poe, até o ano passado ainda não havia surgido à possibilidade de usar esses contos como ferramenta de trabalho, mas, este ano, quando optei por ministrar aulas para o quinto ano, pensei! Talvez seja a oportunidade para esse desafio já que, no conteúdo do primeiro trimestre para o quinto ano constava como gênero a ser trabalhado “contos de mistério e terror.”

Comecei a planejar essa desafiante tarefa. Buscar as melhores traduções, escolher os contos, a biografia completa, como estimular a curiosidade de todos em roda de conversa, ensaiar boas formas de narrar os contos  e organizar o espaço de leitura com um clima apropriado.

Fiquei muito entusiasmada com o projeto e ganhei certa satisfação quando as reações da turma se mostraram muito positivas, mas, ainda estava faltando algo que unisse o escrito a realidade atual de meus alunos. Nesse momento recorri para pesquisas na WEB, para minha grata surpresa encontrei diversos vídeos no youtube que ajudaram meus alunos a gostar dos contos de Poe.

Comecei com o poema “O corvo” que tinha uma interpretação um pouco mais densa, o recurso ajudou muito, essa releitura aproximou muito essas duas realidades, deixando Poe atualíssimo e despertando o interesse da turma que, até batizou os grupos de trabalhos para o ano letivo com o nome dos contos de Poe. 

LEGISLAÇÃO PARA QUE TE QUERO!!??!!

Recebi um e-mail sobre o post das abordagens curriculares na educação infantil, que dentre outras coisas, mencionava que era  encantador as abordagens que estudo, e indagavam se um dia nossa educação atingiria esse patamar? Tivemos uma boa conversa concluindo que: Nós professores temos que nos apropriar mais das questões legais educacionais objetivando perceber os meandros de cada  lei, parecer, resolução, etc, etc e etc ...., Para que nossa atuação seja orientada pelo caminho  da excelência, pois, muitas coisas dessas abordagens estão contidas na nossa legislação.  

Como informação que não é divulgada não vira conhecimento, destaco um parecer muito interessante que, vale a pena ser lido na sua integra, ele foi tema de elaborações individuais no curso, abaixo está um modesto resumo.  

No parecer CNE/CEB n. 20/2009 o relator faz considerações importantes sobre os tempos e espaços na educação infantil, muito resumidamente podemos dizer que:  A exploração faz parte dos processos de aquisição do conhecimento, então, todos os ambientes dentro do espaço escolar podem e devem ser utilizados como ferramentas pedagógicas respeitando a idade e particularidade de cada aluno. Além dos espaços escolares os externos também podem ser explorados para novas elaborações.

Com relação ao papel do professor na organização de tempo e espaços é descrito que: O professor deve ser um articulador na organização do espaço e materiais para que seus alunos tenham a possibilidade de exercer plenamente sua criatividade, nas mais diversas formais: Gestuais, oral, corporais, imaginativas, expressões através do desenho e tentativas para a escrita. Essa criança é reconhecida como:  Sujeito principal dentro do processo educacional, portanto, ele também organiza o espaço podendo direcionar ações como: modificar os espaços de atuação, explorar e reinventar para que suas elaborações possam ser as mais significativas possíveis em seu percurso de aprendizagem.

A orientação desse documento com relação a infraestrutura tem um olhar cuidadoso com: Espaços para crianças de 0 a 1 ano, Salas de atividades para crianças de 1 a 6 anos, Sala multiuso, Área administrativa, Banheiros, Pátio coberto, Áreas necessárias ao serviço de alimentação e Área externa. E acredito que se pensarmos um pouco mais profundamente sobre a  exploração do entorno da escola como ambiente educativo, poderíamos assegurar esse riquíssimo recurso pedagógico como um item obrigatório e fundamental no PPP das escolas.  

O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil trás orientações sobre o tempo e espaço na educação infantil nos colocando que: O planejamento é fundamental para a organização do tempo e do espaço no ambiente educacional, que, podem ser em todos os espaços da unidade escolar e em seu entorno. As articulações de diversos elementos devem estar sincronizadas que vão desde a organização do mobiliaria até um prévio agendamento em espaços internos e externos. A classificação desse planejamento é de fundamental importância podendo ser dividida em três etapas: Atividades permanentes que são realizadas com freqüência diária ou semanal fazendo parte, rodas de história e conversa, brincadeiras em diversos espaços, ateliê, atividades diversificadas e cuidados com o corpo;  Na seqüência de atividades é proposto desafios para que os alunos paulatinamente cheguem na resolução de problemas; e no  projeto de trabalho seu foco principal é a visibilidade de soluções de problemas ( produto final) compartilhados com o aluno e a comunidade escolar.

O UNIVERSO PARALELO DA INFÂNCIA!

Este é um conto para reverenciar a eterna criança que habita cada um de nós, devemos evocar sempre em nosso dia a dia  essa criança para abrilhantar nossa trajetória de vida!

A inspiração para esse conto surgiu no dia que levei jabuticabas para minha vó. Ao chegar na sua casa ela revelou que estava naquele momento pensando em mim, enquanto pintava sua revista de flores, acrescentando que sempre tivemos uma ligação  muito especial.

Ao ver as jabuticabas, seu olhar brilhou mais que as jabuticabas. Começamos conversa que resultou nessa agradável viagem para o universo de minha infância.

Obrigada Vovó Maria Luisa Vecchia por todas as inspirações e ensinamentos que permitem que minha criança interna sempre traga a grande e maravilhosa magia de viver!

A CRIANÇA E A PROPAGANDA

Para falar sobre o assunto recorri a uma pesquisa com critérios pessoais e profissionais, pois, essa é uma questão que, requer diversas analises e muitos debates já que a propaganda faz parte do cotidiano de todos com uma abrangência espetaculosa.  

Refletindo e analises, não posso deixar de registrar que desde adolescente sempre tive uma admiração por essas mentes brilhantes que estão à frente das grandes agências de propagandas que criam recursos tão poderosos que, para muitos podem se tornar verdades absolutas. Se a propaganda tem o poder de conduzir intenções nos adultos imaginem dentro do universo infantil.

Não estou desconsiderando toda a regulamentação já existente que restringe uma diversidade de apelos, mas, mesmo com todo esse cerco legal, temos algumas dificuldades de enfrentamentos na seara dessas concepções.

Através de minha ótica levanto como maior alerta e gravidade as questões que envolvem a obesidade infantil. Como professora observo comportamentos familiares que denotam a potência e alcance da propaganda na vida das crianças.

A escola trabalha arduamente as questões que envolvem uma alimentação saudável, mas, ainda tem obstáculos a superar para, esclarecer que o bom senso e a parcimônia contribuem com a qualidade de vida. Então não podemos descansar um só minuto e intensificar as estratégias pedagógicas, as quais, abrem as possibilidades de levar as crianças para uma vida mais equilibrada e saudável!

Para saber um pouco mais sobre essas questões indico um link da  Associação Brasileira de agências de publicidade. 

 http://www.abap.com.br/pdfs/03-leis.pdf

MODELOS DE ABORDAGENS CURRICULARES NA EDUCAÇÃO INFANTIL

PENSANDO E REPENSANDO O CURRÍCULO!

ESTE POST CONTÉM ELABORAÇÕES REFERENTES AO CURSO DE ABORDAGENS QUE ESTOU REALIZANDO, POIS, O CONHECIMENTO SÓ EXISTE SE FOR COMPARTILHADO!

O CONTEÚDO DO CURSO TEM COMO BASE A FORMAÇÃO PEDAGÓGICA OFERECIDA PELA UNESP, PODENDO SER CONSULTADA NO ENDEREÇO ABAIXO.BOA LEITURA!

 http://www.acervodigital.unesp.br/bitstream/unesp/337947/1/caderno-formacao-pedagogia_7.pdf