QUAL A COMUNIDADE QUE
ME CERCA?
Quando falamos em
princípios nos remetemos a concepções e ações norteadoras dentro da prática
pedagógica, individual de cada profissional que, vai ao longo de sua carreira
se somando a outras pelo caminho. Essas experiências constroem o perfil
profissional de cada professor, o qual também faz um movimento de adaptação
para as diretrizes das redes de ensino na qual está inserido, mas independente
da rede pertencente, algumas posturas profissionais estão enraizadas em nossa
práxis. Um exemplo bem comum é aquelas frases de adjetivação costumeiramente
proferidas como: “Aquela professora é ótima alfabetizadora”. “Como esse
professor consegue excelentes resultados trabalhando com a sala em grupos?” E
assim por diante. É nesse sentido, o discurso aqui pretendido, ações que
determinam um perfil profissional, facilmente identificado pelo grupo de
trabalho, pois, nos demonstram a identificação do profissional por determinada
ação pedagógica, a qual lhe traz prazer na realização e consequentemente
sucesso. Também salientamos que quando o professor realiza uma ação pedagógica
que não lhe parece muito confortável e, obtém resultados positivos é natural
que, se instale um novo olhar para essa ação e seu uso se torna mais habitual e
tranqüilo.
Agora partindo desse
preâmbulo vamos entrar nas questões do trabalho com projetos e lincar alguns
princípios que nos parece fundamental para obter satisfação na sua realização:
1) A
escola deve construir uma definição coletiva do projeto e para que serve?
2) Deve
ser definido em conjunto (professor e aluno);
3) Um
projeto deve servir para um aprendizado significativo;
4) Propiciar
mudanças de paradigmas;
5) Deve
ter uma amplitude para a comunidade escolar, bem como sua participação efetiva.
Podemos agora partir
para nossa indagação, a comunidade que me cerca?
Ao longo da carreira
pertenci a uma variação de comunidades que, colaboraram na extensão do olhar e
das práticas, mas vou concentrar as elaborações na comunidade atual que estou a
6 anos. Ela tem um perfil atípico, pois, em sua grande maioria os alunos não
residem no bairro, vindos de outras regiões e até municípios. A escola está
localizada na região central da cidade e criou-se uma cultura, a qual não
concordo, que a escola tem melhor qualidade que outras da rede em diferentes
bairros.
Esse dado é um ótimo
ponto de partida para nossa observação.
A comunidade em questão
deseja de fato uma boa qualidade na educação dos filhos, pois, muitos pagam
transporte escolar a custo alto para manter o filho na unidade escolar, mas em
contra partida há uma dificuldade maior em ter uma presença constante dos
mesmos, embora, solicitados a presença se faz.
Se a qualidade da
educação está no inconsciente coletivo da comunidade por que não aproveitar e
usar essa característica para elevar de fato e de direito os índices da qualidade?
Como agir? Tem alguma fórmula? Bom, já sabemos que não existe nenhuma formula
pronta, mas, a nossa experiência nos proporciona observar ações bem sucedidas e
aplicá-las em nossa realidade, adaptando-as conforme a necessidade e nossas
convicções. Dentro dessa linha de raciocínio me valendo da busca pela qualidade
primeiramente procuro levantar as expectativas dos pais na primeira reunião e,
já solicitando ações conjuntas embasadas na parceria para atingirmos os
objetivos juntos; logo no inicio do ano letivo já convido para participarem de
atividades em sala; buscar meios de
aproximação com os mais distantes ou que demonstraram uma certa residência; e
acima de tudo tratar o outro como eu gostaria de ser trato mesmo em momentos de
conflitos.
Dessa maneira sempre
obtive resultados frutíferos e uma participação atuante dos pais que, acabam
topando participar efetivamente dos projetos realizados pela turma.
A parceria do ano
anterior foi extremamente frutífera rendendo uma aprendizagem significativa
para todos. Este ano os caminhos da parceria já começaram a se desenhar, desejo
que todas as mãos juntas pintem essa história com um colorido significativo
para cada um e todos!
Nenhum comentário:
Postar um comentário