Perrenoud
(2005)
“A abordagem a partir do
currículo real e da experiência de vida tem consequências enormes quanto ao
papel do professor”
Para iniciar aqui algumas elaborações
quanto ao currículo oculto a afirmação de Perrenound nos parece muito
pertinente, pois, as experiências do professor e suas crenças têm uma profunda
ligação com o currículo oculto, na perceptiva que ensinamos também aquilo que
somos, isso é, nossas ações em sala de aula reforçam ou minimizam
comportamentos da fantástica diversidade do universo humano que habita
particularmente cada um de nós, para
ficar mais objetiva essa explanação, vamos verificar o conceito de currículo
oculto segundo. Brandalise (2007) é concebido
como aquilo que não está explicitado, contudo, tem força formadora muito
intensa, pois oferece um direcionamento ao sistema educacional. Esse
direcionamento, por sua vez, pode contribuir tanto para a manutenção, quanto
para mudança da ordem social estabelecida. Assim, a natureza do currículo
oculto está presente, mas não explicitada, na forma do ensino e formação do
cidadão. A partir da experiência e da sistemática que se trabalha no currículo
oculto, os valores culturais, econômicos e políticos são camuflados e aparecem
sutilmente na organização curricular.
Então o
currículo oculto serve para reforçar as regras que cercam essa mini cidade
chamada Escola, sedimentando regras sobre a conduta do corpo discente, direcionando
a formação educacional dos mesmos, positivando valores de acordo com a
realidade do grupo escolar.
Podemos
perceber que o currículo oculto carrega uma intencionalidade que por muitas
vezes devido sua sutilidade não deixa o profissional perceber uma ação que pode
ferir o direito cidadã de cada um presente neste ambiente, isso é, a questão
democrática conduzida na sua essência, assim a escola estará desenvolvendo sua
principal função social, que é a formação de seres pensantes capazes de
reconhecerem estruturas que visem dominar e perpetuar a relação de dominadores
e dominados.
Então
precisamos organizar, solicitar e requerer disponibilidades de momentos nos
encontros semanais (HTPCs) na escola para, entendermos, percebemos, discutirmos
e avaliar as questões do currículo
oculto presentes em nosso ambiente de trabalho, objetivando exercer de fato uma
prática coesa com uma sociedade diversa de valores, crenças, gêneros, etnias e
principalmente sentimentos.
Para
encerrar deixo aqui uma frase de Paulo Freire para mais uma reflexão!
Nenhum comentário:
Postar um comentário