VOZES FEMININAS

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Currículo oculto?!?!

Perrenoud (2005)

“A abordagem a partir do currículo real e da experiência de vida tem consequências enormes quanto ao papel do professor”

Para iniciar aqui algumas elaborações quanto ao currículo oculto a afirmação de Perrenound nos parece muito pertinente, pois, as experiências do professor e suas crenças têm uma profunda ligação com o currículo oculto, na perceptiva que ensinamos também aquilo que somos, isso é, nossas ações em sala de aula reforçam ou minimizam comportamentos da fantástica diversidade do universo humano que habita particularmente  cada um de nós, para ficar mais objetiva essa explanação, vamos verificar o conceito de currículo oculto segundo. Brandalise (2007) é concebido como aquilo que não está explicitado, contudo, tem força formadora muito intensa, pois oferece um direcionamento ao sistema educacional. Esse direcionamento, por sua vez, pode contribuir tanto para a manutenção, quanto para mudança da ordem social estabelecida. Assim, a natureza do currículo oculto está presente, mas não explicitada, na forma do ensino e formação do cidadão. A partir da experiência e da sistemática que se trabalha no currículo oculto, os valores culturais, econômicos e políticos são camuflados e aparecem sutilmente na organização curricular.
Então o currículo oculto serve para reforçar as regras que cercam essa mini cidade chamada Escola, sedimentando regras sobre a conduta do corpo discente, direcionando a formação educacional dos mesmos, positivando valores de acordo com a realidade do grupo escolar.
Podemos perceber que o currículo oculto carrega uma intencionalidade que por muitas vezes devido sua sutilidade não deixa o profissional perceber uma ação que pode ferir o direito cidadã de cada um presente neste ambiente, isso é, a questão democrática conduzida na sua essência, assim a escola estará desenvolvendo sua principal função social, que é a formação de seres pensantes capazes de reconhecerem estruturas que visem dominar e perpetuar a relação de dominadores e dominados.
Então precisamos organizar, solicitar e requerer disponibilidades de momentos nos encontros semanais (HTPCs) na escola para, entendermos, percebemos, discutirmos  e avaliar as questões do currículo oculto presentes em nosso ambiente de trabalho, objetivando exercer de fato uma prática coesa com uma sociedade diversa de valores, crenças, gêneros, etnias e principalmente sentimentos.
Para encerrar deixo aqui uma frase de Paulo Freire para mais uma reflexão! 


Nenhum comentário:

Postar um comentário